Marcas de moda perdem de 10% a 15% de sua produção. Uma perda econômica estimada em 500 bilhões de dólares.

A produção global de resíduos têxteis tem chamado atenção de especialistas e instituições nos últimos anos. De acordo com a Ellen MacArthur Foundation, o mundo gera cerca de 92 milhões de toneladas de resíduos têxteis por ano, o que representa uma perda econômica estimada em 500 bilhões de dólares.

Esse valor considera roupas que poderiam ser reaproveitadas, revendidas ou recicladas.

No Brasil, o cenário segue a mesma tendência. Segundo dados do SEBRAE (2014), são descartadas anualmente aproximadamente 170 mil toneladas de resíduos têxteis. Estima-se que 80% desse volume ainda seja destinado a lixões ou aterros sanitários, mesmo tendo potencial para reuso ou reaproveitamento industrial.

Do ponto de vista legal, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) estabelece que as empresas são responsáveis pela destinação final ambientalmente adequada dos produtos que colocam no mercado. No setor têxtil, isso inclui tanto os resíduos gerados na fabricação quanto o pós-consumo.

O descumprimento da legislação pode resultar em sanções, multas e até na interrupção das atividades da empresa.

Esses dados reforçam a importância de discutir e implementar estratégias de reaproveitamento de materiais, logística reversa e design mais eficiente.

A gestão adequada dos resíduos pode não apenas evitar perdas econômicas, mas também representar uma oportunidade de inovação e ganho de competitividade para o setor.