A Forever 21 acaba de declarar falência pela segunda vez, em março de 2025
Para sempre 21?
Sim, aquela marca que já foi símbolo da juventude consumista e das peças “da moda” a preços irresistíveis. Mas o que aconteceu com esse império do fast fashion?
A resposta está numa combinação fatal de erros estratégicos: expansão desenfreada de lojas físicas, muitas delas em mercados saturados; um mix de produto confuso, que perdeu identidade; entrada tardia no e-commerce e (o golpe final) escândalos sociais e ambientais que minaram a reputação da marca.
Ultra fast fashion
Mas não se trata exatamente do fim do fast fashion e sim de uma transformação. Com a ascensão da ultra fast fashion, marcas como a Shein passaram a dominar o cenário com uma lógica ainda mais acelerada: lançam milhares de produtos por dia, com preços baixos e pouca transparência sobre processos produtivos.
A lógica é simples: consumir mais, mais rápido e descartar logo em seguida.
o setor enfrenta uma saturação de tendências. Toda semana uma nova “estética” surge no TikTok, exigindo que o consumidor se atualize em tempo recorde.
O resultado? Cansaço, frustração e desinteresse.
Fim da romantização do consumo
Segundo o relatório “Consumidor do Futuro 2026” da WGSN, estamos vivendo o fim da romantização do consumo como válvula de escape emocional. O consumidor começa a rejeitar a chamada “cultura do mimo” aquela ideia de que comprar algo novo resolve tudo.
Em seu lugar, surge um comportamento mais consciente, que questiona os porquês de cada escolha de consumo e prioriza experiências significativas, ética e durabilidade — o consumidor está em busca de seu estilo pessoal e de narrativas que o encantem e estejam conectadas com aquilo em que acredita (WGSN).

Escrito por: Sarah Almeida | @sarah.almeidda
Fundadora da Florent, pesquisadora de moda e Economia Circular. Formada em gestão de resíduos pela Fundação Lixo Zero Brasil, finanças sustentáveis pela ONU e NBA em Economia Circular e Desenvolvimento Sustentável.